HÁ DE SE TER SOLUÇÃO
Há de o mundo compreender as almas incultas
Que desabam ao menor vento da despedida.
Há que se entender do medo
de não se ter medo.
Há que buscar o amor
além da própria vida que se tem.
Há de todos entenderem
o poder de uma lágrima que cai.
Há de se falar de carinhos ao fim da tarde
mesmo que chova.
Há de se compreender a alma feminina
como se compreende o deserto.
Há de se tornar fácil amar e ser amado
em meio a tempestades várias.
Há de se temer o frio
que vem com a morte do amor.
Há de se ter um dia
a ser comemorado todos os dias.
Há de se fazer valer
o dom de ser feliz.
Há de se conseguir penetrar na quietude do outro
que está cabisbaixo e só.
Há de se primar pela sabedoria do balanço de uma árvore
diante da fúria da tempestade.
Há de ter um alguém a buscar outro alguém
e ambos nunca mais serem sós.
(milena Medeiros-02/06/2010)
