A BEIRA DO ABISMO- Noite Negra

A BEIRA DO ABISMO noite negra







ESTOU SÓ
O ABISMO CERCA-ME
FAZ DE MEUS PÉS
A ROCHA QUE INVADE-ME
SOU O FRIO DESSA MADRUGADA
A CHUVA FINA NA NOITE SERENA
A SOLIDÃO DA POESIA
TEMPOS HOUVERAM
QUE EU SENTIA-ME UNA
COM O UNIVERSO
COM O AMOR
COM A FELICIDADE
A NOITE SE FEZ
VEIO A FRIEZA D'ALMA
NO GELO DO TEMPO
DAS HORAS QUE SE FORAM
SOU UM TEMPO NÃO MADURO
A FRUTA QUE NÃO VINGOU
A CRIANÇA QUE NÃO NASCEU
ESTOU INDO EMBORA
O FANTASMA DA VIDA
POR AQUI PASSOU
E NENHUM OI DEIXOU!


16/07/09- também postada no wordpress, antigo Cantinho da Poesia , do livespace)
publicada no Recanto das Letras em 06/06/2012


Poesia de milena medeiros -AS MINHAS DORES





Não falo de minhas dores verdadeiras a ninguém
Elas são feitas de lágrimas secas
de choros sem clamor
de silêncios, lutas e pavor.

São dores com quilates.
Rubis cor de sangue
anelados de diamantes
transeuntes de meu viver.

São, diariamente, gotejadas
na penumbra de meu coração,
Se são assim tão lacradas
é porque não sei bem querer.

Se vida eu soubesse
de esperança bem manter
de dores como essas
eu bem que não quisera ter!




[Milena Medeiros-27/07/09-também postado no Wordpress, antigo Cantinho da Poesia, do Livespace]



Poesia de milena medeiros - SOMBRAS DE VERÃO





Entre as luzes de meu quarto
inebriantes poesias se fazem
eu aqui só, 

no entanto,
vislumbro as poesias 
auroras boreais.

As primaveras prazerosas
as quimeras do verão
em meus sonhos ainda estão
derrubadas de estação.

Acabo de te ver
recostado ao teu sonhar
tu vais vivendo teu prazer
esqueces de me amar.

Outros invernos se irão
certeza tenho de antemão
só reluz nos meus olhos
a indiferença de até então.

Nostalgia noite adentro
em alvos lençóis, macios travesseiros
descubro novo alento
nesse encontro sorrateiro.

Se amar é martírio verdadeiro
desses da dor adormecer
me cubro de outonos
espero o frio acontecer.

N’alma de um poeta
há estações a resplandecerem
tu matas todas elas
quando brincas de esquecer!


[Milena Medeiros-27/07/09 
também postado 
no blog da autora, no Wordpress, antigo Cantinho da Poesia, do LiveSpace]
publicado no Recanto das Letras em 06/06/2012



Poesia de milena medeiros - A FOTO



O olhar que descrevo
Tem uma forma de pesar
Lamento não poder
Tua alma sarar.

No instante que vi
Tu assim, a cismar,
Indaguei ao tempo:
Onde levas este rapaz?

Sem obter a resposta
E não sabendo como te tratar
Fiz em silêncio uma prece
aos céus para te sustentar

Ainda agora sinto
tua alma a penar
aos caminhos deste mundo
onde não consegues te acalmar

Vai seguindo assim
lento e silente
Não vês que cruzas a frente
com teus anjos querubins

São eles que velam
na noite fria e escura
enquanto dormes encoberto
entre soluços, por fim!


[Milen@ Medeiros-inspirada na foto postada no álbum de
de um amigo no extinto perfil no Orkut-21/07/09]


OBS: A FOTO A QUE ME REFIRO NÃO É ESSA IMAGEM POSTADA AQUI.


publicada no Recanto das Letras em 06/06/2012