Não quero um amor violento
forte
mágico.
Tenho medo desse...
Quero um amor pequeno,
fraco,
que se vá ao primeiro raiar de sol...
Deste não tenho medo!
O amor forte,
que fica,
me enciuma,
dói em minha alma,
pois não aprendi
a aceitá-lo
na forma que é.
Sei que naufragarei
em medos bobos
ciúmes doidos
e não alcançarei o porto
destino
coração
Sou marinheiro
de meia viagem
Nem tenente de fragata
Nem armador.
Não, não sei lidar com esse amor,
que vem assim como um relâmpago
e estronda ao meu lado
espraiando-me em risos
Não me dê um amor assim,
afugenta-me de imediato.
Sou mais para barco à vela
do que para um iate
de possante motor.
Não saberei guiar-me em ti,
nem sei como velejar-te.
nada entendo desses instrumentos
que tens em mãos
e os estende em magia sedução.
Já te disse:
Tenho medo!
Dai-me água,
preciso me acalmar!
(Negra Noite-02/01/2013-22:43horas)
Publicada no Recanto das Letras sob número 4064714
(Feito correções pontuais no texto - 31/dez/23)