Teimei em pousar meus lábios em teu ombro
ali, onde não medias carinho a mim.
Hoje te sinto ausente,
dispersas-me os carinhos de outros dias.
Há uma vaga tristeza,
melancolia no ar
Teus olhos que sempre me viram
agora se mostram a olhar o além.
Não te sinto abraçar-me
com o desvelo e carinho
Teus olhos que sempre me viram
agora se mostram a olhar o além.
Não te sinto abraçar-me
com o desvelo e carinho
que soubera ter.
Agora nem cabem neles
o meu corpo cansado, exausto...
Quisera ver-me em ti
como antes nos víamos ali.
Já se passam longos momentos
e somente o silêncio impera em ti.
Encolho-me quieta e cabisbaixa,
não posso te julgar.
Alma inquieta e vacila
que almeja outros corpos
e lábios quentes.
Dou-me trégua,
passo a bandeira adiante.
Já chega a hora.
Sou somente a caminhante.
Negra noite
Agora nem cabem neles
o meu corpo cansado, exausto...
Quisera ver-me em ti
como antes nos víamos ali.
Já se passam longos momentos
e somente o silêncio impera em ti.
Encolho-me quieta e cabisbaixa,
não posso te julgar.
Alma inquieta e vacila
que almeja outros corpos
e lábios quentes.
Dou-me trégua,
passo a bandeira adiante.
Já chega a hora.
Sou somente a caminhante.
Negra noite
12/07/2011
(inspirada na imagem acima, recebida de Eldo Costa, via Orkut, em 07/07/2011)