Outra vez,
tu
vieste maltratar
esse coração
a sonhar.
Cavaleiro
do deserto
que queres
aqui?
As areias
do tempo
passeam
nestas calçadas.
Ao longe
vejo
o tremular
das vibrações
que o sol
e o calor
despertam neste solo.
Corre
estreito
como sangue
em minhas veias
o pequeno
leito de
água
tépida
e brilhante.
Vás.
Não pertubes
o silêncio
desta vida.
Vês.
Tem somente
pedras aqui!
O verde dos
teus olhos se foram
Os azuis
de tuas vestes
deitaram no horizonte.
Agora a sombra
paira
A gelada noite
engasga
a nossa fala.
O silêncio
outra vez.
Negra Noite
14/04/2010