
AMOR, ONDE TU ESTÁS?
Aqui?...não!!.. aqui?
Não!....não!...não!...
Aqui?....não...não..!!
Desperdício?
Supérfluo?
Insensato?
Quais seriam
os derivados
desse sentimento
chamado de "AMOR"?
Em meu baú procuro
um carinho
uma palavra
uma ação
um beijo
um desejo.
Procuro
e procuro
Não acho...
Desembrulho,
apalpo,
investigo,
customizo.
Nada e nada de achar
o que me faz
acreditar
que esse amor
exista em algum lugar.
Tenho receio
que ele já tenho ido se deitar
que tenha desistido
de aqui estar.
Que tenha sumido
com vontade de chorar.
Ah, amor
Onde tu estás?
debaixo daquela mesa?
Entre meus livros na prateleira?
Dentro de minha vida vazia?
Te procuro
no Youtube
no Blogger
no orkut
e também no MSN
a cada vez
uma alegria a menos
uma ilusão a mais.
Entre
minhas fotos
em cartas antigas
folhas dobradas
deixadas ao léu
em caixas de papel.
Também nas ruas
parques
e cinemas.
Em caras
bocas
e mãos.
Nada encontro não!
Talvez esteja
em meu céu
sozinho a brilhar
uma pequena
lua da estrela Polar.
Fico noites e dias
em meu baú
a vasculhar
remexo e remexo
certa de achar
Os dias passam
envelheço-me por fora
aqui dentro
moça
adolescente
ainda sou
Tenho os sonhos
da infância
felicidade de fartar
a esperança
da donzela
a janela sonhar.
Mas sei que faço
o coração acelerar
só de pensar
esse AMOR não encontrar!
E assim
continuo a lidar
com a esperança
que teima
em morrer todo dia
um pouco
neste coração.
Mal sabe ela
que se isso acontecer
eu morro
junto então!
(Milena Medeiros-21/05/10)