MILENA MEDEIROS falando sobre amores experimentais-31/08/10




Hoje eu saí à rua. Alguns compromissos na tarde quente de Santo André...
Enquanto eu andava, observava ao redor. Árvores, céu azul, ruas calmas, flores ao chão, cercas enfeitadas de flores, cachorros adormecidos no quintal, sob o sol.
Ouvia também canto de pássaros. Aqui tem parques perto de casa. E sempre tem um canto de pássaro... diferente. Ora são as maritacas (parecem uns periquitos grandes, tipo papagaio menor), ora são sabiás, ora pintassilgos, ora garças (do Parque Central e do Ipiranguinha). Tem outros cantos bem bonitos, mas não vejo o pássaro e se o ver talvez não saiba o nome.
Enquanto andava pensava em mim, em meu mundo. Na minha vida. Faço muito disso. De tempos em tempos analiso os fatos que ocorreram ou estão ocorrendo em minha vida.
Confesso que esses momentos de caminhada são benéficos ao meu espírito. Saio a andar e o tempo nem parece existir.
Dá para ser feliz. Momentos tão intensos dentro de mim.
E, hoje estive pensando o quanto eu dou importância ao amor.
Tenho muitos sonhos românticos. Quero um amor verdadeiro, lindo, forte. Onde nós possamos compartilhar muitos momentos, lindos momentos a dois e depois, também, com amigos, famílias, colegas...
Quando a gente ama de verdade e é amada na mesma intensidade esse amor segue além do eterno. embora a pessoa venha a falecer, não morre o amor que ela teve e nos deixou. Nos acompanha por toda a eternidade e acredito que ela leve também, junto a si, para toda a eternidade.
Já tive muitos amores. Não o direi amores vãos. Não, eles nunca serão amores vãos. Repito sempre isso. São amores experimentais. Enquanto estamos vivendo-os, são lindos. quando tudo vai se acabando, ai...Dóem? Claro! Oh, se dói!. Quando são curtos, como os que tive, é a mesma coisa dos longos amores! Qualquer separação é sofrida demais. Nossos sentimentos são como correntes e um desfecho que acontece abre um anel dessa corrente...e o anel rompido é difícil de ser colocado.
Esses amores experimentais nos auxiliam a arredondar as nossas arestas. A reparar trechos, a nos amadurecer por dentro também.
São eles que nos informarão quando chega o verdadeiro amor. E não tem bula, receita, como muitos ficam procurando. Eu, por exemplo. Fico procurando um tal de Dr Love, não aquele do site, mas o do coração, do amor. Pra combinar com ele um encontro, pra gente sentar-se e conversar sobre o assunto: AMOR VERDADEIRO. É...AMOR VERDADEIRO.
Ai, eu não sei aonde está o meu. Será que ele saberia? Se faltam muitos dias para encontrá-lo? Seria nessa vida?....Sabe? coisas assim eu iria perguntar.
Eu vivo sonhando com o momento...e tenho medo de dormir, pegar no sono e não vê-lo chegar....
Já cansei de viver amores experimentais. Não que eu não os quero. Mas é que eu sofro muito. Todo tempo tem lágrimas daqui e dali. Minha casa já tem até uma piscina com essas lágrimas de amores experimentais.
Eu entrego-me toda...uma flor se abrindo ao sol....e quando percebo, não era o sol. Era uma vela acesa, somente.

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(milena medeiros- falando de amores experimentais-31/08/10-21:30h)