"Quando nasceram noites e dias
Eu fui o primeiro na escuridão
Fui a primeira besta ou criatura
Fui eu que vi o tempo a tempos
Fui eu que me alimentei de tantos
Era eu que os homens temiam
Eu que era adorado chamado
Deus
Era eu que saia em noites vazias
Sentia no calor do sangue a vida
A vida de todas as idades e fases
Sentia o último pulsar em minha mão.
Mas de dez mil anos se passaram
Muitas formas de vida nasceram
Poucas se criaram, mas eu sobrevivi
Drácula
É como os nefastos e profanos
Como os não iniciados me chamam
Alguns me chamam de anjo
Outros me chamam de demônio
Muitos me chamam de vampiro
Ninguém mais me chama de Deus
Mas não sou humano nem monstro
Fui o primeiro da minha espécie
Fui o primeiro a andar debaixo do sol
A ver a dor, a morte o sofrimento
Mas sempre andando sozinho
Vendo quem amei morrer
E minha amada o sol levou
Junto levou todo meu amor
Agora sou corpo frio solitário
Sou apenas o Drácula
Não sendo nem a sombra do que já fui um dia
Sou apenas mito fantasia e mais nada
Sou ser sem alma..." //_
(Neo Ertsem)
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Sobre Bráulio G. Vulcanis:
O jovem "Neo Ertsen" escreve de uma forma simples as coisas que um homem sente. Sem deixar-se inibir por revelar tais sentimentos ou por comentários que poderiam serem feitos. Sempre traz algo que vai de encontro às dores, aos infortúnios, às contradições de amores. Busca insensantemente deixar-se amar e ser amado, fazendo elegias a um amor grandioso que deveras um homem gostaria de sempre ter por perto.
É estudante de Direito, nascido no Rio Grande do Sul e usa o pseudônimo de Neo Ertsem, como ele diz, porque está escrevendo um livro cujo personagem tem esse nome.
Além de escrever coisas que vão em sua jovem alma, ainda percorre os caminhos de escritor, compositor e bloguista.
Seus escritos podem ser encontrados no site: recantodasletras
SOBRE O POEMA:
Este poema eu escolhi entre outros tantos dele por achar interessante o modo como foi escrito. O tema pode gerar conflito, porém, deixando de lado a nossa razão e enxergar através do coração, veremos a luta de um ser que ora sentia-se um especial e,por fim, percebe-se somente ser uma fantasia. O vampiro tanto visto em filmes, livros, etc reescrito de uma maneira sensível.
(Milena Medeiros 09/10/2011)