Vazia...
É assim como me sinto.
É um momento?
Talvez.
Pode passar?
Quem sabe?
Só sei que sinto-me assim
por sentir tua falta em mim.
Agora que sei o que é amor
fica muito complicado
Deixar-te ir,
Confesso!
Mas tu te vais mesmo?
Irás embora de vez?
Ou será aos poucos,
como ondas na praia,
que leva os grãos de areia
de uma praia a outra,
até que estes
não mas saibam
a qual praia pertençam?
Se vais embora,
permita-me amar devotadamente,
como um menino que completa
sua primeira lição de sexo.
Ou como uma mulher
que tem no brilho dos olhos
a ternura do dia mais feliz.
Não vás agora.
Ainda é cedo demais.
Ainda nem te conheci direito.
Não entendi todos os teus projetos.
Deves permanecer mais um tanto
Para que eu saiba
mais de teus contornos.
Deixa-me viver em sonho
sem acordar na realidade triste
do dia em que tu
comigo não mais estará.
Quem sabe se aprendo
mais contigo
sobre mim?
E assim, saiba como viver sem ti?
Não vás ainda, te peço.
Preencha-me um tanto mais.
Sinto quão vago é
o adeus e o tchau.
Não são apenas gestos.
Tem tudo dentro deles.
O meu carinho, o meu amor
e a minha vida toda.
Por isso, te peço:
Fica um pouco mais!
Milena Medeiros
03/10/10 - 01:15h
Publicado no Recanto das Letras em 03/10/2010
Código do texto: T2534805
